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Ele ou Ela?


Foto retirada do site: http://www.slowdown.com.br/casal-maos-dadas1.jpg


Ela sente falta dos elogios.
Ele sente falta das indiretas.

Ela sente falta dos carinhos nas costas enquanto adormeciam. Ele sente falta dos cabelos dela escorrendo por seus braços enquanto ela dormia, serena, extasiada.

Ela sente falta dos longos abraços.
Ele sente falta do que vinha depois dos abraços.

Ela sente falta de dizer sem pensar tudo que passava pela mente.
Ele sente falta de não pensar enquanto ela falava.

Ela sente falta das noites de alegria e dos dias de espera.
Ele sente falta dos dias e das noites de paz.

Ela sente falta dos sonhos e planos.
Ele sente falta de rejeitar os planos.

Ela sente falta de fazê-lo entender que a vida só vale a pena quando se está com alguém.
Ele sente falta de tentar convencê-la que a vida é apenas momento e não vale a pena desperdiçar procurando 'um alguém'.

Ela sente falta da alma gêmea.
Ele sente falta de querer acreditar que não existe alma gêmea.

Ela sente falta dos amores perdidos.
Ele sente falta dos amores não vividos.

Ela sente falta de acordar cedo, vê-lo dormindo sereno, extasiado, levantar, preparar um chocolate quente e ir pra varanda ver o sol nascer e respirar o ar gelado da manhã. Esperando a companhia dele.
Ele sente falta de nunca ter feito isso com ela.

Ela sente falta das roupas que colocava pra ele ver.
Ele sente falta das roupas que ela tirava, pra ele então vê-la.

Ela sente falta das mãos dele, súbita e suavemente entrelaçando-se nas dela.
Ele sente falta do desejo súbito de suavemente tocar suas mãos.

Ela sente falta da cumplicidade dos diálogos.
Ele sente falta das palavras nunca ditas e cumplicemente entendidas.

Ela sente falta de não querer vê-lo indo pra casa sem ela.
Ele sente falta de não poder ir pra casa com ela.

Ela sente falta do último beijo, antes do fim.
Ele sente falta de não o ter dado.

Ela sente falta dele.
Ele? Bom, ele sente falta. Por isso tudo, ele sente falta dos dois.

Jogo Aberto

Acho que meu defeito é aceitar demais as coisas. Se vão me passar a perna, aceito. Se me traem - sob qualquer sentido - aceito. Me ofendem, aceito. Me rebaixam, aceito. Aceito quase tudo.Mas não admito, sob hipótese alguma, que me escondam as coisas!

Quer jogar comigo? Eu topo. Jogo de igual pra igual, mas tem que ser jogo ABERTO. Tenho pavor de ser a última a saber das coisas.Sempre foi assim. Desde o colégio, quando escolhiam os times pra jogar, se eu ficasse por último dizia que não estava bem, que estava com cólica, tinha tido cãimbra durante a noite, ou qualquer dessas desculpas esfarrapadas.

Se sou a última numa lista de festa, digo que não vou poder ir.Se sou a última a entrar num grupo de trabalho (facul), peço pra fazer sozinha.
Já me sinto a última sempre, não preciso de atestado, saca!?
Saber do que está acontecendo por outras pessoas, quando meu nome tá envolvido, é demais pra mim!

Não admito.

Então, quem quiser brincar comigo, pode vir, mas nesse jogo da vida (e em qualquer outro) só tem uma regra: jogo aberto sempre!

Beijo-me-liga!
Tulsa.

www.tulsa.podomatic.com
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A ship on the desert

É Amor ou Amizade? pergunta alguém. Não obtém resposta de modo algum. Grita em frente à uma caverna de quilômetros de distância . Nada. Grita mais do alto de uma montanha no maior deserto conhecido. Nada. Embarca então num navio chamado Hope, irônico isso, e no meio do oceano, com toda a calma que lhe é peculiar, grita quase certo da resposta. Mas, nada.
Depois de anos tentar nos lugares mais comuns, e também nos mais exóticos, ao ponto de perder totalmente a voz chega a uma conclusão.

Nunca saberá a resposta sozinho.
Para estas coisas é sempre necessário um triângulo amoroso: a pergunta, aquele que é atingido por ela, e o tempo para respondê-la.

Passatempo
Passa-tempo-passa
passa
tempo
passa?



Tulsa

www.tulsa.podomatic.com
Ouça com moderação!

00h03min de 29 de setembro de 2008.

A mesma

Ela sabia que não podia. Mas fez. Não por impulso ou momento ou qualquer dessas desculpas que normalmente seriam dadas. Fez pensado. Fez porque há muito queria.
Não consegue mais olhar no espelho. Ver-se cara-a-cara. O velho confronto mente x coração.
Não quer fazer de novo. O velho medo de arriscar. O velho medo de gostar, de se acostumar, de se enganar, de enjoar, de terminar.

O velho medo da possibilidade de ser feliz. O velho medo. Medo? Medo.

Medo de trair, acima de tudo a si mesma!
Mas ela traiu.

Não se arrepende.

Afinal, ela ainda é a mesma?



21h45min de 28 de setembro de 2008.

Atenção você, leitor!

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