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O empreendedor por trás das bandas


     


     Hoje, fui de penetra em uma palestra, ou melhor, bate-papo com o Ilton Carangacci e alunos de RP da Famecos (PUCRS).


      A conversa começou com a revelação de que o Ilton não só empresariava bandas que estão consolidadas ou em ascenção (Papas da Língua, Chimaruts e Reação em Cadeia) como também, começou sua carreira empresariando "Os Eles". Banda da qual sou fã, pelas músicas e pelo fenômeno que foi durante a década de 80.



       Mas, antes de começar a falar da palestra, faço uma pausa para um breve resumo de minha vida e meu interesse nesta conversa.


       Nasci (praticamente) dentro de um camarim do Kid Abelha. Desde pequena acompanhei meus pais em todos os shows que aconteceram em Porto Alegre. O Escaler (localizado no Parque da Redenção) e o auditório Araújo Viana, eram a minha 2ª casa. Meu dindo tem banda (por hobby) desde meus 4 ou 5 anos, e sempre que dava, ia nos ensaios e apresentações quando eram diúrnas.


Shows em parques, festivais abertos de banda gaúchas, isso era a minha realização e diversão quando piá. 


      Aos 12, me encantei pelo rádio e passei a frequentar os estúdios da rádio que mais gostava: Felusp, na época em fase de transição para 107.1 - Pop Rock.


      Com a frequência e os anos, acabei me aproximando e me apaixonando pelo mundo da música. Não mais pela magia do rádio.


      Uma casa definiu, de vez, os meus planos pro futuro. Uma casa onde o que imperava era a alegria, a confiança, o amor incondicional à determinadas bandas e a vontade absurda de fazer com que elas fossem ouvidas e os músicos reconhecidos em qualquer lugar do mundo. Esta era a Pop House. Da qual fiz parte até seu fechamento, em fevereiro de 2003.


Agora, com 18 anos, era hora de decidir uma profissão. Caminhos tortuosos me levaram à Hotelaria (curso que faço graduação e odeio profundamente). Mas nunca me desliguei por completo da música.


Ontem, fiquei sabendo que o Ilton estaria na Famecos e pedi permissão para assistir.


Conforme ele ia falando de sua trajetória, me passava pela cabeça tudo que já vivi. Reconhecia os nomes, os tempos e as gírias.


Você pode até não gostar das bandas citadas, mas conhece, já ouviu falar, ouviu no rádio (numa novela) ou foi em um show.  E sendo assim, concluimos que o trabalho do cara é genial e muito bem planejado.



Pela primeira vez, vi uma palestra da qual eu entendia todo o universo do assunto e acima de tudo, me interessava ainda mais. Talvez por não estar lá com a veneração cega pelas bandas citadas, e sim como alguém do mesmo nível, do mesmo mundo, "são apenas seres humanos como eu, porém, com talento!" pensava eu. Achei que aprenderia muita coisa com este bate-papo mas, me surpreendi. Saí de lá com muitas dúvidas.

      Não falo das dúvidas como algumas das RPs presentes, que mais pareciam se importar com fofocas de bandas do que com dicas profissionais. Aliás, muitas (dicas) foram dadas. Dúvidas do tipo: "O que é um set list?", "Quem ganha mais na banda, o vocalista?" em nenhum momento me pareceram condizentes com o que o Ilton havia mencionado durante sua explanação.



      Dúvidas mais profundas me vieram à mente. Aquelas que guardava há um certo tempo, sufocadas no coração. Minha vida, meus caminhos, minhas vontades, tudo isso quase atravessou meu corpo, em uma vontade irracional de viver de novo. 
Olhos brilhantes, certeza de objetivos, garganta sufocada, palavras idiotas dirigidas ao palestrante no final da conversa. Foi assim que saí da sala 303 da Famecos às 22h de hoje.


       Eu ainda volto pra esse mundo! Não pelo status, não pelo glamour, não pela fama, não pelo dinheiro. Volto pela guerra diária e pela paixão de uma vida. Volto por acreditar nisso.

Obrigada, de verdade, Ilton!!!!

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